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O burnout, meu camarada, não é frescura. É a alma desgastada, o corpo em frangalhos e a mente em colapso.
Você já sentiu aquele vazio existencial, aquele desejo de simplesmente sumir, de se desconectar da matrix? É como se o mundo te jogasse numa centrifuga e te deixasse girar até perder o rumo, até sentir o corpo despedaçando, as ideias se esfarelando e a alma se esvaziando.
A sociedade te vende a ilusão de que o sucesso é uma maratona, mas esquece de te avisar que, no meio do caminho, você pode acabar trocando a corrida por uma cadeira de balanço. A frustração de não alcançar o ápice, a sensação de inutilidade, a desilusão com o secesso , com a vida, com tudo. É como se você estivesse construindo um castelo de areia, mas a maré alta te levasse tudo.
É um ciclo vicioso, cansaço físico se junta ao cansaço mental, criando uma névoa densa que te impede de enxergar qualquer luz no fim do túnel. Você se torna um zumbi, um robô que apenas cumpre as tarefas, sem alma, sem propósito.
A alegria se esvai, a esperança se apaga, e você se torna refém da própria rotina.
Mas não se desespere! A chave para escapar dessa prisão é reconhecer o problema, olhe para dentro de si, analise seus sentimentos, Tenha coragem de ver em você quais desejos de fatos seus seus e quais você emprestou como ideial de felicidade. Identifique os sinais de alerta: a irritabilidade excessiva, o desinteresse por tudo, a falta de concentração, o sono irregular, o apetite desordenado, o isolamento social.
Entender o que está acontecendo é o primeiro passo para a cura. Buscar ajuda de um Psicólogo , falar sobre seus sentimentos, seus desejos, encontrar apoio em amigos e familiares. Reorganizar a vida, Priorizar o bem-estar real e isso não tem nada haver com preguiça, procrastinação ou comodismo, cuidar da saúde física e mental. É um processo que demora entrar no ritmo, mas quando entramos começamos ter nosso próprio jeito de ser feliz.
Lembrando: não existe fórmula mágica, apenas a força de vontade de se reerguer, de reconstruir a vida e retomar a jornada. Afinal, o burnout pode te derrubar, mas não te define. Você é mais forte do que pensa.
Psicólogo Robson Schultz